The Book :: Capítulo XVII - Fuga

Tentei afastá-la. Empurrei-a mas não tinha força suficiente.
- Não tens salvação, James. É desta que vais pagar. – dizia ela.
Estiquei a mão para tentar carregar no botão outra vez mas não consegui. Estava a sufocar, não aguentava muito mais tempo sem respirar. E o pior de tudo é que era a minha namorada, a pessoa que eu amava, com quem queria ficar para sempre, que me estava a tentar matar. Ouvi a porta do meu quarto abrir.
- James! – gritou a Kate, que acabara de entrar.
Ela puxou a Emma, tirando-a de cima de mim e eu pude voltar a respirar.
- Que estavas a fazer? Estás louca? – perguntou a Kate.
- E tu que não aparecesses para lhe salvar a vida.
- Emma, tu não estás nada bem.
- Eu estou perfeitamente bem, tenho um óptimo plano e nem tu nem ninguém se vão meter no meu caminho.
- Dá-me o diário. Isto pode tornar-se muito perigoso.
- Ainda bem, é mesmo disso que preciso.
- Dá-mo!
- Nunca!
A Kate, de repente, esticou o braço e tirou-lhe o diário.
- Devolve-me isso. – disse a Emma, atirando-se para cima da Kate.
As duas começaram a brigar, derrubando tudo no quarto. A Kate agarrou no pescoço da Emma e disse:
- És patética. És uma cabra patética.
- Kate, pára! – disse-lhe – Estás a matá-la.
Ela não parava e a Emma lutava para tirar as mãos dela do pescoço.
- Pára! Estás a tornar-te como ela. Tu não és assim, Kate. Sempre me disseste a verdade, não és uma mentirosa como ela. – voltei a dizer-lhe.
De repente, a Emma agarrou num pedaço de vidro que estava no chão e espetou-o na perna da Kate que a largou imediatamente.
- Cabra e patética és tu, e por isso vamos voltar a encontrar-nos. – disse a Emma, que agarrou no diário e saiu a correr.
Carreguei no botão e após algum tempo, chegou um médico. Disse-lhe o que se tinha passado, e ele telefonou para a polícia e levou a Kate para lhe tratar o ferimento.
No dia seguinte, quando acordei, a Kate estava ao meu lado.
- Kate, estás bem? – perguntei.
- Sim, James. O corte não foi muito profundo, só precisei de alguns pontos. Mas isto não são as más notícias.
- Que mais aconteceu?
- A Emma conseguiu fugir. Foram ao apartamento dela, mas estava vazio. Ela desapareceu.
- Temos de encontrá-la. Ela não está bem.
- James Knight? – disse uma enfermeira que acabara de entrar no quarto.
- Sim, sou eu. – respondi.
Entregou-me um envelope e saiu. Abri-o e dentro tinha uma fotografia. Aquilo não estava a acontecer. Voltei a fotografia e atrás estava escrito:
‘Três dias, James. Tique-taque, tique-taque…’

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