The Book :: Capítulo VIII - Harry Taylor


Fiquei parado a olhar para a rapariga. Nem queria acreditar. Podia ser ela a solução, podia ser hoje que eu ia descobrir todo o mistério que se instalara na minha casa sobre aquele livro.
- Está bem? - perguntou-me ela.
- Sim, está tudo bem. Só estava a pensar em... Desculpe, eu sou o James.
- Kate.
- Posso tratá-la por tu?
- Claro... James.
- Então que sabes sobre esse tal diário?
- Bem, tudo o que sei são histórias, não sei se são verdadeiras ou não.
- Não faz mal. Queres ir dar uma volta para conversar?
- Certo. Tudo bem.
Fomos dar uma volta pelo parque e ela contou-me sobre um velho livro que tinha:
- E como te estava a dizer, nesse livro é que estão escritas coisas acerca desse tal diário.
- Mas o que está lá exactamente?
- Bem, Harry Taylor era um homem normal como tantos. Tinha mulher e dois filhos. Um dia quando chegou a casa do trabalho encontrou um cenário de puro horror.
- Que aconteceu?
- A mulher e os filhos tinham sido brutalmente assassinados. Pelo menos um dos filhos, pois nunca chegaram a encontrar o corpo da sua filha.
Aquele cenário fez com que Harry Taylor despertasse o seu lado mais negro, ele não parou até se vingar de quem lhe tinha levado quem ele mais amava.
- E chegou mesmo vingar-se?
- Pelo que sei, não só se conseguiu vingar como também matou e torturou dezenas de pessoas até encontrar o verdadeiro assassino da sua família e era nesse diário, o que procuras, que ele escrevia tudo, como os torturava e os matava.
- Estou a perceber que tudo isso é horrível, mas, para além disso, o que tem de tão mau, esse diário?
- Dizem que Harry Taylor morreu porque todos aqueles que ele matou assombraram o livro e que enquanto ele estava a ler como tinha asfixiado um homem, segundos depois... morreu asfixiado.
- O quê?!
- Sim, parece que nada deve ser lido daquele diário. Mas isto é só uma história, não posso afirmar que é verdadeira...
Que história… era no mínimo inacreditável. Pouco depois voltei para casa. Tinha de contar à Soph o que descobrira.
Quando cheguei chamei-a mas não me respondeu, procurei por toda a casa mas ela não estava. O único sítio onde não tinha ido era ao escritório do meu pai.
- Sophie, estás aqui?
Entrei e fiquei parado a olhar para a secretária.
Porque parei? Porque na secretária estava... o diário.

Sem comentários:

Enviar um comentário